Passou muito tempo desde a última vez que publiquei algo neste blog, tanto que já nem me recordava que ele existia. Os anos passaram-se e as mudanças pessoais sucederam-se uma atrás da outra. Quase todas foram boas, mas a vida também nos surpreende com coisas más e muito más.
O meu filho cresceu e começou este ano as aulas do 5º ano. Não gosto de o gabar, mas a realidade é que é o ser humano mais especial que conheço e o facto de ser "meu" me enche de orgulho.
Deixei para trás um trabalho de que não gostava e arrisquei vir morar para uma cidade nova - correu bem.
Realizei o sonho de ingressar na faculdade e até o momento está a ser uma excelente experiência.
Casei-me, divorciei-me, juntei-me e em ambas as relações encontrei pessoas maravilhosas que para sempre levarei para a vida. A primeira por ser mãe do meu filho e a segunda por não desejar que haja uma terceira.
Perdi parte da minha alegria com a partida do meu querido pai. Sinto que envelheci, fiquei mais cinzento e com uma ferida aberta que não tem cura.
O cabelo encaracolado e farto deu lugar à calvície (herdadas do avô) e à barba com apontamentos brancos.
Sinto que evolui como pessoa e isso deixa-me orgulhoso, mas continuo a sentir-me um puto e a gostar de brincar, tal como há 10 ou 20 anos.
Apeteceu-me escrever estas linhas só pelo prazer de as escrever como se de um diário se tratasse e não sei se é algo que vá ter continuação. Desconheço também se alguém vai ler tal testemunho, mas deixo aqui e se não for antes, até daqui a 10 anos!
P.S.: Se alguém chegar a esta linha que deixe aqui um resumo de como foram os últimos dez anos.