Bullying de Berlim

Se por acaso veio parar a este blog, ainda está a tempo de sair, pois, aqui não irá encontrar a cura para a Sida ou para o Cancro, a solução para a crise ou para os desastres ambientais.

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Se resolver ficar, está por sua conta, pois, eu avisei!

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Esta semana estava a ouvir rádio e estavam a falar em bullying, para quem ainda não ouviu tal expressão, refere-se ao acto de gozar, fazer piadas ou agredir um colega, geralmente acontece nas escolas. E lembrei-me de como eu próprio era gozado e de como me tentavam bater em todos os intervalos, sem que os contínuos fizessem algo para parar com aquela violência gratuita.

Assim, devo admitir para os mais surpresos que bullying se refere a violência nas escolas, situação que muitos dizem ser novidade, a avaliar pelos relatos que ouvi na rádio. Mas eu tenho para comigo que fui vitima de bullying e só não fui mais por ser grande (naquela altura). E os contínuos, agora conhecidos como auxiliares de acção educativa nada faziam senão ficar na conversa durante os dias todos, até cheguei a pensar que essa era a profissão deles.

Parece que o rapaz que se suicidou no Tua, veio despertar uma realidade que já não é só de agora, a única diferença é que na minha altura não havia telemóveis com câmera, para se filmarem as agressões físicas e verbais que eram usadas por todos os alunos que só iam à escola porque não tinham outro sitio para ir. Para eles, que tem de escolher entre ir à escola e ficar em casa a levar porrada dos pais, muitas vezes alcoólicos ou drogados, a primeira opção parece melhor. O problema é que muitas vezes a escola não sabe orientar estas crianças e coloca-as todas na mesma turma, rotulando-os e dando-lhes mais argumentos para que provoquem os outros de turmas ditas normais.

Sobre a criança que morreu, faltou-lhe muita coisa e a principal não terá sido a escola que não lhe mostrou/deu, pois, a educação começa em casa e os pais são os encarregados de educação e tal como o nome indica devem educar o seu filho para as realidades da vida, acompanhando-o no dia a dia e indo à escola saber como estão as coisas com ele. Com este rapaz, estou a falar de cor, mas certamente que não foi acompanhado pelos pais ou nem lhe ligaram por não saber o que é bullying.